Por Thales Emmanuel, militante da Organização Popular – OPA.
Certa vez, retomamos o Trabalho de
Base numa comunidade camponesa, que há muito não atuávamos. Possuíamos um
padrão organizativo – núcleos de dez famílias cada, coordenações com duas
pessoas, setores – e fomos prontos para implementá-lo.
Em tempo recorde, tudo estava “perfeitamente”
concluído. Retornamos mais que satisfeitos. Aí, na primeira brisa leve de
problemas, “Buff!”, a estrutura organizativa se desmoronou por completo.
Organicidade não se constrói do dia para a
noite e nem com fórmulas prontas. Ao invés de levar um modelo acabado, deveríamos
ter partido da cultura organizativa local já existente. Senti-la, entendê-la,
respeitá-la, e só então passar a interagir para a elevação da participação
popular.
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