Por Jerffson Fei, membro da comissão de comunicação da OPA na
Ocupação Carlos Marighella.
Nasce a semente da Brigada Popular de Saúde Carlos
Marighella!
Nasce em contexto de um grau imenso de doença mental em
nossa comunidade. Nasce como o vento, que há tempos é como milagre diante de
tanto caos sócio-ambiental e humano.
E na afirmação da necessidade de se organizar ante as
dificuldades impostas contra o Sistema Único de Saúde, sempre superlotados.
A demanda pela saúde é extrema! E essa cura não vem apenas
deste setor da sociedade. Aprendemos ainda mais na semana de trabalhos para a
formação da Brigada que o remédio para tantas enfermidades se encontra no
modelo de vida que levamos. Atualmente, só nos adoece. A falta de acesso básico
à alimentação, lazer, cultura, arte, à moradia digna e por aí vai.
Este ponto relata um dos pontos principais da Brigada Popular
de Saúde, que nos move à solidariedade entre o curador e os que buscam a cura,
seja a cura imediata de si ou a cura coletiva para avançar nesta defesa.
E não dá pra deixar de lembrar que estamos a falar de mais
um direito negado em sua essência, quando passamos meses em uma fila de espera
por um exame médico, quando somos jogados de um posto para outro, e quando
temos que sair pela madrugada para pegar filas imensas para uma única marcação.
E é neste contexto que a Brigada traz seu segundo ponto
essencial e vital para a comunidade: a importância de se organizar para buscar
soluções que não vêm do agressor (modelo do sistema).
Não dá pra deixar de falar das dificuldade dos
profissionais, que ainda são poucos neste setor. Além da demanda imensa de
atendimentos, onde nos colocam a todo momento em confronto com o trabalhador da
saúde, como se ele fosse o culpado do caos dentro dos espaços que buscamos a
cura.
E o terceiro ponto , um diagnóstico da saúde de nossa
comunidade, com isso vemos qual a importância de conseguirmos perceber o que
nos adoece no contexto atual.
As doenças são basicamente as mesmas. E vemos o grau de
avanço da falta de direitos e o racismo ambiental escancarando.
Neste sistema, saúde é mercadoria. Nossos corpos existem para gerar lucro.
Estamos falando de uma fábrica de produzir doenças. Quanto
mais doentes, mais lucro.
O lobby farmacêutico é um dos mais ricos do mundo! Não à toa,
temos polos farmacêuticos em todo território brasileiro, até na Amazônia.
Temos uma sociedade DOPADA com químicos legais, mas podemos
plantar nesta Casa Comum e se utilizar da cura das plantas benzedeiras, chás...
E que a ciência moderna também se encontre dentro deste processo.
Ficamos firmes no compromisso de manter esta chama viva!
Agradecer imensamente ao camarada Wladimir Nunes e à
camarada Mônica Lima, que com muito empenho firmaram a bandeira preventiva de
dias melhores que virão.
E um salve aos hermanos do Partido Comunista Brasileiro,
pela ativa parceria!
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