Equipe de Comunicação da 1° ODCC
Entre
os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, representantes da cúpula dirigente do
planeta se reunirão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para mais uma Conferência
de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU). É o 28° encontro
do tipo. A primeira COP aconteceu em 1995, na Alemanha.
O
que esta conferência tem a ver com a morte da jovem Ana Clara, ocorrida em show
recente no Rio de Janeiro, e com a 1° OCUPAÇÃO EM DEFESA DA CASA COMUM, que se
realizará no Ceará, no dia 11 de dezembro?
Estudante
de psicologia em Rondonópolis, Mato Grosso, Ana Clara Benevides viajou pela
primeira vez de avião para o Rio de Janeiro para assistir ao show de Taylor
Swift, cantora de quem era fã desde princípios da adolescência. Seu pai,
funcionário público, presenteou a única filha com a tão sonhada viagem.
Segundo
consta, Ana Clara passou mal já na segunda música do repertório, Cruel Summer (Verão
Cruel, em tradução livre), e veio a óbito pouco depois. Exames detectaram
pequenas hemorragias em seu pulmão. A delegada Juliana Almeida declarou que
calor, insolação e desidratação são possíveis causas para as hemorragias. A
sensação térmica no Rio de Janeiro no dia da fatalidade beirou os 60°. Além da
morte, cerca de mil pessoas presentes na festa desmaiaram.
Era
proibido entrar com água no show – como no capitalismo em geral, privatizar
para se obrigar a comprar.
Dentro do estádio, um copinho custava tão
caro, que se tornou algo acessível a apenas algumas pessoas – como no capitalismo
em geral, os empobrecidos são os primeiros atingidos.
Como no capitalismo em geral, o lucro
vale mais do que a vida. E quanto mais calor, mais água vendida! O que parece acidente,
é, na verdade, uma lógica de funcionamento social.
Com dados extremamente modestos, o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento aponta que, até o fim do século,
aproximadamente 40 milhões de pessoas podem morrer no mundo em função das altas
temperaturas causadas pelo aquecimento global.
Não há mais como jogar para debaixo do
tapete os problemas climáticos ocasionados pela destruição capitalista do
planeta.
A própria COP 28 representa o estrondoso fracasso
de 27 edições anteriores, já assumido, inclusive, por seus próprios
idealizadores: “Praticamente nada saiu do papel”. Fala-se que uma das pautas
centrais a discutir agora é justa e novamente as tais medidas para desacelerar
o aquecimento global. Mas como crer nestas conferências, se os que comandam a
destruição do planeta obedecem única e exclusivamente suas próprias leis?
A verdade, em formato de desafio, está
posta: ou as urgentes e vitais transformações que tanto precisamos vêm de baixo, da
luta dos que sentem, ou não virão de maneira alguma.
Este é, precisamente, o motivo da 1°
OCUPAÇÃO EM DEFESA DA CASA COMUM. A luta pela vida no planeta, antes que os
capitalistas acabem com tudo.
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